top of page

sedimentos

 

copo 

de água

de filtro

de barro

de terra

de gente

de sede

demais

amolar

 

aí você me chama pra contar sei lá o

quê

que viu

por aí se perdendo tantas vezes

no dia penso em começar de novo em

quanto custa 

um litro de leite se 

o leite do mundo acabasse

ou quem sabe as facas

palavras

e demais ferramentas de corte eu

rasgava o silêncio nos dentes

le bal

 

não boto mais fé em várias parada não 

sei o que dizer fazer comer curto

ir pra praia curto 

ficar de boa só 

pra contrariar porque

no geral

é mentira

melancolia

cansaço quem 

é que chega quem

é que já conseguiu voltar

eu não sei

não tô botando mais fé em várias parada e tô me ligando horrores em

veículos mais econômicos

que gastem menos

que nos levem mais

que de alguma maneira nos encaminhem ao entendimento de que

mais dia

menos dia

você se pega pensando se vale a pena ou não

comprar espaço na nuvem porque

você não tem dinheiro pra nada você

é só as coisas em que você acredita também são sós e

é isso aí

segue o baile 

ela passa cantando quando se sente viva

 

ela acabou de passar reto

não sei o que que eu fiz

encarei a escadaria de copo

as pilhas de prato

pega-vareta com talher e colher de pau que

na opinião dela

que só vale pra quando eu cozinho

arrebentam o teflon e não falo nada

veja ela usando a parte verde da esponja

e não falo nada

vai saber o que pensa da vida

tanta coisa dela não sei

mistérios que só são mistérios 

 

porque nunca perguntei

um rio 

decide

voar

Entre, mistério

ca

canções e vídeos por Luciano Faccini

textos de Richard Roch

guitarras por Guilherme Nunes

interlocução de Miro Spinelli

produção de Má Ribeiro e Luciano Faccini

 

bottom of page